sábado, 12 de setembro de 2015

Encontrado fóssil de inseto que não evoluiu por 100 milhões de anos

Investigações recentes mostraram a existência de um fóssil datado de 100 milhões de anos, de um inseto carnívoro.

Reconstituição do supercontinente antes de ocorrer separação
O grande “boom” da descoberta é o fato deste inseto ainda existir na nossa era, vivendo no sul da Ásia e também no norte da África. Algumas descobertas de fósseis feitas no Brasil possibilitaram uma classificação mais correta, sendo errônea anteriormente. A pesquisa mostrou que o inseto praticamente não sofreu mudanças evolucionárias significativas desde a sua existência inicial,  no período Cretáceo, na época onde existiam dinossauros e um supercontinente chamado Gondwana (que englobava a América do Sul, Austrália, Nova Guiné, Nova Zelândia, Antártida, África e Índia), que ainda eram “colados” e não haviam se separado. A pesquisa foi publicada na revista ZooKeys.
O inseto em questão é uma espécie de grilo, Schizodactylidae, de grande porte, pertencente à ordem dos Orthoptera. São considerados terríveis predadores, muito ágeis e vorazes, noticiou cientistas da Universidade de Illinos.
Gafanhoto, um exemplar da ordem Orthoptera
O fóssil encontrado é bastante diferente das espécies semelhantes atualmente, mas as características gerais destes insetos permaneceram as mesmas, tendo uma fase que simplesmente estacionou em parâmetros evolucionários, não sofrendo nenhuma mudança em cerca de 100 milhões de anos. Bastante significativo, já que neste período espera-se que mudanças ocorressem nas espécies para se adaptarem melhor ao meio.
Pesquisas co-relacionadas mostraram que o local onde o fóssil foi achado, prevaleceu o clima seco ou semi-seco no período Cretáceo, mostrando que os insetos se adaptaram tanto ao ambiente que não precisaram evoluir. .

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